domingo, 26 de outubro de 2008

“Nouvelle adresse” – parte 5


“Dia nacional da adopção de crianças – pelo direito a uma família”.

A tesoura de atarracar não pode deixar passar em vão esta notícia.

Se por um lado, homens e mulheres podem adoptar crianças, por outro lado são eles e elas que as abandonam.

Se por um lado é tão difícil e burocrático adoptar uma criança, por outro lado, qualquer burgesso (a) pode ser pai ou mãe.

Se por um lado qualquer um pode ser pai ou mãe, por outro lado também são muitos destes que violam os filhos, matam-nos ou encarceram-nos em caves e subcaves.

Para já não falar naqueles que adoptam crianças e que depois nos brindam com aquelas histórias burlescas que passam nos noticiários…

Este flagelo da sociedade mundial está longe de acabar. No reino animal, o homem (excluindo-se a ele próprio) castra machos e esteriliza fêmeas para que não existam filhos “a mais” ou “indesejados”.

Já pensaram que para quase tudo o que fazemos na vida, é necessária uma licença ou autorização?

Precisamos de licença para conduzir, para casar, para construir, para baptizar, para adoptar, para viajar, para nos identificarmos, para caçar, … até para pescar à cana, à beira mar, debaixo de chuva e frio!

Porque não uma licença para ser pai ou mãe?

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